Quatro torneios passados, 3 no Opening Swing e o primeiro do Trip Swing, a Ordem de Mérito está ao rubro, e é tempo de fazer o habitual resumo e lançar algumas previsões.

Tem sido um início de época interessante, com alguns tigres a surpreenderem, com competição cerrada na luta pelo título maior do clube e fields bem compostos como é habitual nesta primeira fase do ano, onde não tem faltado também animação, convívio e espírito de amizade entre todos. Este ano a competição nestes meses mudou de ares, tendo passado pelo PGA Aroeira 2 logo a abrir o calendário, dirigiu-se depois à Penha Longa, onde esteve arredada durante alguns anos, regressou ao Royal Óbidos e terminou no tradicional Lisbon Sports Club. Os desafios golfísticos foram elevados e as condições atmosféricas permitiram ao participantes desfrutar destas jornadas sem grandes incómodos.

Mas vamos ao que interessa, e analisar algumas das categorias de performance que surgiram até à data.

AS SURPRESAS

Em grande destaque aparece logo à cabeça Rui Marques, que arrancou logo o ano com uma inesperada vitória e a liderança da Ordem de Mérito, ainda que ténue e tendo durado apenas 1 torneio. Ainda assim, a sua consistência manté-no no 6º lugar neste momento e permite sonhar com um muito desejado título.

Surpreendente tem sido também Luis Vallera, que com dois Top 5 o colocam no radar do pódio e vivo na luta por um primeiro título tigresco. Diz-se nos “corredores do Tour tigresco” que Vallera terá recorrido a um conceituado PGA Pro na procura de melhorar o seu jogo curto e que terá tido efeitos imediatos (a constatar pelos bons resultados obtidos).

OS CANDIDATOS

Nesta categoria teremos de começar pelo campeão em título, Rodrigo Trocado, que tem demonstrado estar muito consistente e confiante em busca do bi-campeonato, como atestam os seus resultados com três Top 10, um dos quais a vitória no exigente Penha Longa, campo que parece tomar de feição considerando a boa prestação que lhe valeu um vice-campeonato nacional há pouco mais de 1 ano, demonstrando que a atual liderança na Ordem de Mérito não vem por acaso. Acautelem-se os seus perseguidores…

Procurando seguir as pegadas do filho campeão, João Ivo de Carvalho, apresenta-se também como um fortissimo candidato este ano à conquista do “ceptro” que já foi seu em 2014, demonstrando muita consistência no seu jogo com 4 resultados em 4 dentro do Top 10, inédito para já este ano. Perdeu a liderança da OM para Rodrigo Trocado, mas os 2 pontos de diferença deixam antever uma luta muito renhida até final.

Temos ainda de contar com Rui Pedro Palma, o vencedor da Taça do Clube no ano transacto, que parece querer demonstrar que tem garras para além da competição Matchplay. Um jogador muito equilibrado e consistente, que demonstrou já várias vezes ser muito difícil de bater quando está afinado e que leva 3 resultados no Top 10, deixando muitas vezes todo um “condomínio” de mãos na cabeça com o seu jogo.

OS HISTÓRICOS

Neste lote enquadramos aqueles que já saborearam títulos tigrescos, e que pese embora ainda não tenham apresentado todo o seu potencial, andam ali perto, de mansinho, com toda a sua experiência, sabem que esta é uma prova de longo curso e portanto, ainda “a procissão vai no adro”… são os casos de Gonçalo Sequeira Braga, Frédéric Denecker e João Pedro Andrade, mas também de Helder Machado, que embora remeta o seu título para a Taça do Clube, é um jogador a subir de forma como demonstra a sua vitória recente no Lisbon Sports Club.

OS DESAPARECIDOS

Onde andam estes tigres que noutros tempos lideravam as “hostes”: Francisco Pinto Barbosa, Tomás Moreno, Rodrigo Sousa Teixeira, Duarte Sousa Coutinho ou José Maria Magriço…alguns ainda marcaram pontos na sua visita, outros nem tanto… será assim tanto o sofrimento e a amargura que este jogo provoca que os deixa desnorteados? A eles dizemos apenas: “Voltem, estão perdoados! Aqui serão sempre benvindos!”

OS ASPIRANTES

Não serão propriamente rookies, mas parecem querer “desabrochar” e mostrar que são também eles candidatos aos lugares cimeiros da tabela classificativa. Neste grupo lidera Gonçalo Correia Neves, seguido de Miguel Assis e João Costa Macedo. Este trio tem apresentado boas performances e parece querer preparar-se para vôos maiores. Estarão eles preparados?

AS DESILUSÕES

Como não podia deixar de ser, se uns estão melhor, outros estarão no “caminho inverso”, agarrados pela negatividade e pela adversidade, lutando para ultrapassar as barreiras que esta modalidade coloca. Neste capítulo, António Mendonça Alves, um crónico candidato, assim como Francisco Trocado, têm tido bastantes dificuldades em explanar todo o seu potencial e experiência, apresentando resultados muito aquém dos seus pergaminhos. No entanto, se esta modalidade nos ensina, é que fases há muitas, e esta pode muito bem estar a terminar para estes dois tigres, de quem se espera estejam sempre a lutar por títulos.

OS ÚLTIMOS

São 7 os tigres com menos de 10 pontos ao final destas 4 jornadas. Quem escapará deste “troféu indesejado” no final da época? Tocará o coração destes tigres para elevar a sua honra e lutar por lugares mais reluzentes?

NEXT 4

Continuando o Trip Swing, a comitiva tigresca partirá em breve para Valência, onde se disputará o V OM e os tigres terão oportunidade de reforçar o seu estatuto nesta competição. Para terminar este swing, a competição visitará o clássico Quinta do Perú, ao que se seguirá o Summer Swing, uma jornada dupla repartida entre o mês de “banhos”, com partidas no emblemático campo sadino, o Troia Resort em julho e o enigmático Praia d’El Rey em setembro, no regresso aos fairways.

Quatro deslocações distintas, que colocarão os tigres à prova e trará concerteza muita competição e animação.

Voltaremos em setembro para fazer este apanhado e ver quem estará em melhor posição para atingir a “imortalidade” e fazer história no clube.